quinta-feira, 10 de maio de 2012

Aeroporto de Joinville, 30 Anos de Operação Comercial Com Jatos


Parte III - A Era do Crescimento

Durante os anos 90, algumas empresas regionais tiveram um crescimento excepcional e acabaram tornando-se empresas nacionais, deixando um espaço que permitiu o surgimento de novas empresas regionais. No primeiro caso destacaram-se Tam e Rio-Sul e no segundo caso InterBrasil Star, Trip, Passaredo e OceanAir, que hoje é conhecida como Avianca Brasil. Esse crescimento deveu-se em parte ao sucesso do plano Real que trouxe de volta estabilidade e crescimento ao país. Tam e Rio-Sul iniciaram uma acirrada concorrência.

Na primeira metade da década a Tam estendeu seus voos para o sul, incluindo Joinville, e passou a ter em sua frota pela primeira vez uma aeronave a jato, o Fokker-100. Em 1997 a Tam, Táxi Aéreo Marília, passou a denominar-se Tam, Transportes Aéreos Meridionais, que se tornaria uma empresa nacional e mais tarde internacional. O voo inaugural da nova empresa cumpriu a etapa Guarulhos/Joinville/Florianópolis contando com a presença dos diretores da empresa, do então presidente Rolim Adolfo Amaro e demais integrantes da empresa.
Fokker-100 da Tam (acervo Joinville Spotting)
Como resposta ao Fokker-100, a Rio-Sul adquiriu os novos Boeing 737-500 em 1994, passando a oferecer no mesmo ano três frequências diárias para Joinville com o novo equipamento além dos outros voos que a empresa já fazia com os Fokker 50 e EMB-120 Brasília. Mais tarde a Rio-Sul operaria novos voos ligando Joinville a Brasília com os ERJ-145, apelidados na empresa de “Jet Class”.
Boeing 737-500 da Rio-Sul (acervo Joinville Spotting)
A Transbrasil, que em 1976 havia criado a regional Nordeste com aeronaves EMB-110 Bandeirante, criava em 1994 uma nova empresa regional, desta vez com a aeronave EMB-120 Brasília. Era a Interbrasil Star, que serviria de alimentadora aos voos da Transbrasil. A empresa passou a operar em Joinville em 1996 com três frequências diárias entre Guarulhos, Joinville e Navegantes. Em 1999 a empresa passou a oferecer uma nova opção ligando São Paulo, Joinville e Porto Alegre diariamente com uma aeronave Boeing 737-300 da Transbrasil. Com as aeronaves da Transbrasil operando por aqui, a Vasp seria a única das quatro empresas maiores que não operava em Joinville.
Emb-120 Brasília da Interbrasil Star (acervo Jetsite)
No início de 1999 outra empresa mostrava interesse em operar voos por aqui. Era a Passaredo, que havia solicitado um voo ligando Ribeirão Preto, Campinas, Joinville, Florianópolis, Caçador, Foz do Iguaçu e Corrientes, na Argentina, com um ATR-42, sendo a primeira ligação internacional em Joinville. A empresa, porém, desistiu de operar aquele voo, pois estava entrando em uma crise que a levaria a uma paralisação mais tarde.

ATR-42 da Passaredo (acervo Jetsite)
O grande crescimento na movimentação do aeroporto levou a Infraero a instalar em 1998 um novo auxílio a navegação. Um VOR Doppler que seria homologado no ano seguinte. A Infraero também iniciou nesse ano o projeto de ampliação do terminal de passageiros do aeroporto que seria executado nos anos seguintes.

Joinville Spotting

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