Há exatos dez anos recebi um telefonema avisando para que eu ligasse a tv, pois estavam ao vivo informando sobre um acidente ocorrido em Nova Iorque, onde uma aeronave havia colidido com um edifício. Ao ver as imagens estranhei o fato, pois o céu estava azul, com ótima visibilidade e o edifício era justamente o World Trade Center. Menos de dois minutos depois a tv mostrava ao vivo para todo o mundo uma aeronave colidindo com a outra torre e a suspeita havia sido confirmada. Um ataque terrorista. O World Trade Center já havia sido alvo de atentados anteriormente e também havia sido tema de vários filmes que mostravam a sua destruição. Nova Iorque Sitiada (The Siege - 1998), Impacto Profundo (Deep Impact - 1998) e Independence Day (ID4 - 1996) são exemplos desses filmes. Talvez o mais antigo a mostrar uma cena assim tenha sido a versão de 1976 do filme King Kong, quando um helicóptero bate na lateral do prédio.
Paramount Pictures |
Desde então muita coisa mudou. Procedimentos de segurança mudaram, tanto nos aeroportos como nas aeronaves. O mundo viu uma grande crise no setor aéreo que repercute ainda hoje. O Brasil viu o fim de empresas de grande tradição como Varig, Vasp e Transbrasil. As empresas que sobreviveram reduziram custos e área de abrangência, o que levou várias cidades a perder a opção de transporte aéreo. O vácuo deixado pelas empresas que deixaram os céus proporcionou o surgimento de outras. Estas novas empresas trouxeram novos conceitos, reduzindo custos e proporcionando transporte aéreo à pessoas que antes se utilizavam de transporte rodoviário.
Se o 11 de Setembro foi a pior tragédia aérea em um só dia, também foi um marco do primeiro ano do século 21 e do terceiro milênio. Se há alguma coisa que pode ser aproveitada dessa data, que sejam as lições! Esperamos que todos tenham aprendido alguma coisa.
Joinville Spotting
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